Se o escritor fosse vivo teria comemorado 126 anos no dia 13 de Setembro de 2011. Faleceu antes, a caminho dos 78 (1963), ano em que um grupo de valorosos intelectuais do país de Salazar, frio, cinzento e salazarento, lhe prestara tributo por metade de um século de fecundo labor literário.
Depois disso, inúmeras homenagens póstumas têm-lhe sido feitas. A última foi esta dos 126 anos, iniciativa da Fundação com o seu nome, na sua Soutosa, presenciada por cerca de duas centenas de pessoas, que lotaram a tenda instalada na quinta anexa da Casa Museu.
Dois oradores de sangue aquiliniano, Alberto Correia e António Augusto Fernandes, dedicaram-lhe duas prelecções saborosas, bárbaras e carregadas de cheiros bucólicos. A assistência, essa gostou e manteve-se sem arredar pé até ao fim. Antes, já tinha brilhado José Dias, em solo de guitarra clássica, que repetiu o concerto a fechar a noite.
No átrio empedrado da Fundação, junto às tílias quase centenárias plantadas pela mão do mestre, brilhou também a exposição “Aquilino … Desconhecido”, composta por telas que mostram uma cronologia da vida e obra do escritor através de textos, ilustrações, fotografias e depoimentos que relembram diferentes fases da sua vida. A homenagem terminou com um Demo de Honra, passava das 23 horas.
O presidente do Conselho Executivo da Fundação, José Eduardo Correia, quer que as homenagens ao mestre sejam anuais. “Nunca é demais evocá-lo. Ele representa como mais nenhum outro tudo aquilo que nós somos como povo, como gente…”, justificou.
|